Sensor de ponto cego: como funciona?

Pontos cegos representam sempre um perigo grande aos motoristas, especialmente no tráfego intenso das cidades ou em velocidades mais altas, como em estradas e rodovias.

Nessas condições, as manobras de ultrapassagem e mudança de faixa exigem atenção redobrada para evitar acidentes.

As colunas traseiras dos veículos, os encostos de bancos e outras partes da própria estrutura dos carros são as principais fontes de pontos cegos e, apesar do ajuste correto dos espelhos retrovisores e a adoção de uma posição correta ao volante diminuírem sua abrangência, essas precauções ainda não são suficientes para evitar acidentes.

Foi, portanto, por motivo de segurança, que se desenvolver o sensor de ponto cego do veículo.

O que é o sensor de ponto cego?

O sensor de ponto cego é o dispositivo que busca auxiliar o motorista na identificação de veículos ou pedestres nas laterais traseiras do carro, dentro do campo limitado ou de obstrução da visão.

O sensor de ponto cego amplia a percepção do motorista para todo o entorno do carro, para garantir que os sentidos do condutor e os sensores cubram 360 graus.

Normalmente, o sensor de ponto cego é acompanhado por outras tecnologias de drive assist, como o cruzeiro adaptativo, sensores de mudança de faixa e sistema de assistência de estacionamento, que diminuem o risco da condução consideravelmente.

Como funciona?

O dispositivo funciona basicamente por sensores de pulsos ultrassônicos ou radares de proximidade.

A cobertura omnidirecional desses sistemas é a principal vantagem em relação ao laser que, para adquirir uma cobertura de 360 graus exigiria sistemas e tecnologias mais sofisticadas e caras que os adotados.

Os sensores de pulso ultrassônico e radares de proximidades emitem ondas em todas as direções e, ao receber retorno, informam aos sistemas eletrônicos para processamento e acionamento dos alertas ao motorista.

Alguns sistemas conseguem realizar não apenas a identificação de objetos no entorno do veículo, como são capazes de considerar a velocidade e a proximidade entre os veículos ou entre o veículo e o pedestre/bicicleta/outro objeto. Ao analisar essas variáveis ele consegue alertar o condutor somente em casos de risco iminente para a mudança de faixa.

Sistemas mais sofisticados incluem câmeras auxiliares que, pareadas com um software de reconhecimento de objetos, pode diferenciá-los, como pessoas, veículos ou guardrail (defensas metálicas) e avisar ao motorista apenas quando necessário.

O aviso pode ser tanto por luzes de LED nos retrovisores externos como por luzes no painel ou até na coluna traseira do veículo, sempre estrategicamente colocadas para evitar distrações ao motorista.

Assim que o sistema começa a traquear um veículo, as luzes de alerta, em geral, permanecem ligadas até que o veículo saia do ponto cego.

Como melhorar o campo de visão

O sistema de alerta de ponto cego é um assistente de direção que complementa as habilidades do motorista.

Para aumentar a segurança durante a condução, mesmo com o sistema, é importante não descuidar do correto posicionamento dos retrovisores externos e do interno.

O ponto cego é sempre lateral e traseiro e, para diminuir seu campo de obstrução é preciso ampliar o campo de visão dos espelhos.

Antes mesmo de direcioná-los, é preciso estar bem posicionado no banco: pés devem alcançar fácil e confortavelmente o fundo dos pedais, braços devem alcançar a parte superior do volante, ainda semiflexionados, e as costas devem ficar bem apoiadas no encosto do banco.

Ajustado ao banco, o primeiro espelho a ser posicionado é o interno, que deve encampar a maior parte do vidro traseiro. Mas, para diminuir o ponto cego é preciso regular corretamente os retrovisores externos, já que pequenos ajustes neles podem significar metros de cobertura ou obstrução.

O correto é ajustar os espelhos para aumentar a visibilidade da via e diminuir a visão da lateral do veículo.

[Carlider]

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