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PARTÍCULAS DE METAL QUE SE SOLTAM DOS FREIOS PODEM CAUSAR DANOS À SAÚDE, AFIRMA PESQUISA

Manutenção de Freios (Foto: Gettyimages)

As emissões de gases poluentes decorrentes da queima de combustível pelos veículos estão relacionadas à manifestação de diferentes problemas para a saúde humana: em maio do ano passado, um estudo da Universidade de São Paulo (USP) relacionou o aumento da poluição do ar com uma maior incidência de casos de infertilidade masculina. 

Mas não são apenas os gases tóxicos que saem dos escapamentos que estão na mira dos cientistas. Um recente estudo divulgado por pesquisadores do King’s College de Londres, no Reino Unido, afirmou que as partículas de metal liberadas durante a frenagem dos automóveis também podem afetar a saúde humana. 

Apesar de imperceptível aos nossos olhos, o atrito causado pelas pastilhas de freio é responsável por soltar um “pó” de metal que pode entrar em contato com nosso organismo durante a respiração.

De acordo com os cientistas, as micropartículas de metal interagem com tecidos sensíveis do corpo humano e causam danos aos glóbulos brancos (células responsáveis pela “defesa” e manutenção do sistema imunológico).

Madri restringirá circulação de carros se poluição piorar (Foto: Denis Doyle/Getty Images News)

Os pesquisadores afirmam que a grande presença de partículas de metal nas grandes cidades estaria relacionada à alta incidência de resfriados recorrentes e de enfraquecimento da imunidade. O estudo indica que ao menos 20% de PM 2.5 (nome dado às partículas extremamente finas de substâncias líquidas ou sólidas que afetam o organismo) estaria ligado à “poeira” de partículas metálicas.

O trabalho científico considera que o desenvolvimento de um veículo com “zero emissões de poluentes” não está tão perto de ser concretizado e que as montadoras necessitam procurar soluções mais sustentáveis para o desenvolvimento dos seus freios. 

[Auto Esporte]