Texto por Notícias Automotivas – Perder documentos é uma situação nada agradável, se for do veículo, pior ainda, pois, o condutor fica impedido de dirigir até que providencie a segunda via.
Além de ficar sem trafegar, é preciso arcar com todos os custos para a emissão do novo documento, que não é barato.
Término e início de ano as pessoas costumam perder muitos objetos. Com o automóvel, em especial, acaba sendo mais prejudicial porque é necessário se atentar a muitas atualizações como: Licenciamento e renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Os documentos são fundamentais para a conclusão desses procedimentos.
Documentos do veículo: CRLV e CRV
Apesar de serem siglas parecidas, existe uma diferença entre CRLV, que significa Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo, e CRV, também conhecido como Certificado de Registro de Veículos.
Como o próprio nome apresenta, o CRLV é emitido quando o automóvel passa pelo licenciamento. O motorista é obrigado a carregar consigo o documento quando trafegar com o carro. Quando você é parado em uma blitz policial, no momento em que o agente solicita o documento do veículo, ele deseja verificar o CRLV (licenciamento).
Uma alteração de 2016 abriu exceção sobre o porte do Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos, entretanto, há riscos de você ser prejudicado, dependendo da situação. Confira o que diz a Lei Nº 13.281/2016, que alterou algumas regras do Código de Trânsito Brasileiro (CTB):
“Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido sistema informatizado para verificar se o veículo está licenciado.”
Ou seja, a lei afirma que, no momento em que o condutor é parado em uma blitz policial, caso o agente de trânsito consiga verificar a situação do licenciamento eletronicamente no sistema, o indivíduo poderá ser dispensado da apresentação do CRLV.
Contudo, contar com a verificação no sistema pode ser um “tiro no escuro”. O indicado é deixá-lo sempre dentro do veículo, de preferência no porta-luvas.
Se for pego dirigindo sem o CRLV, o motorista estará cometendo infração leve, com multa no valor de R$ 88,38 resultando em três pontos na Carteira Nacional de Habilitação.
Já o CRV possui procedimentos parecidos com o CRLV. Todo veículo automotor precisa obter o documento para circular nas vias brasileiras.
Ele está relacionado ao emplacamento. Na prática, o Certificado de Registro de Veículos atesta que o carro está devidamente emplacado, que tem o registro e está cadastrado no Departamento Estadual de Trânsito, o Detran.
Ao adquirir um automóvel zero quilômetro, um dos primeiros procedimentos que o novo dono deve fazer é solicitar o documento. Se não fizer, o mesmo fica impedido de dirigir até que seja solucionado.
Diferentemente do CRLV, o porte do CRV não é obrigatório.
Como faço para solicitar a segunda via do documento do veículo?
Perdeu o documento do seu carro? Foi vítima de roubo ou furto? Confira a seguir o que deve ser feito para solicitar a segunda via ao Detran.
O primeiro passo é abrir um Boletim de Ocorrência (B.O) comunicando sobre a perda do CRLV ou CRV. Antes, não deixe de verificar se ele não está no setor de achados e perdidos do Correios. Basta digitar o seu nome e fazer a busca.
Para emitir a 2ª via do CRLV, você vai precisar apresentar: documento de identificação pessoal (RG), CPF, comprovante de pagamento, todos com original e cópia simples, ainda é necessário o decalque do chassi, CRV, vistoria e o boletim de ocorrência. O Departamento Estadual de Trânsito ou o Ciretran poderão exigir outros documentos como: decalque do motor e CNPJ.
Já para o CRV, o processo é parecido. O proprietário terá de apresentar documento de identificação (RG ou CNH), CPF, comprovante de endereço (com data de até 3 meses anteriores), laudo de vistoria de identificação veicular, formulário Renavam, comprovante de pagamento de débitos e decalque do chassi (deve-se entregar original e cópia simples de todos).
Antes de fazer o pedido da emissão, confira todos os documentos solicitados no portal do Detran do seu estado. Todos eles fornecem o que é preciso e o valores.
Qual o valor para emitir a segunda via do documento do carro?
O Notícias Automotivas apurou no portal do Detran de cada estado os valores para a emissão da 2ª via do CRLV e CRV. O Rio Grande do Norte foi o único estado que não conseguimos fazer a confirmação do preço devido à instabilidade no site, por isso, o indicado é confirmar em uma unidade do Detran.
Os valores variam de estado para estado. Podemos verificar que em algumas regiões são mais em conta como no Amazonas, Amapá, Pernambuco e no Ceará. Já no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Pará, Roraima e Santa Catarina o motorista terá que desembolsar mais de R$ 200 para obter a segunda via do documento.
Confira os valores em todos os estados brasileiros:
São Paulo: CRLV: R$ 29,18 | CRV: R$ 204,28
Rio de Janeiro: CRLV / CRV: R$ 144,68 (cada um)
Minas Gerais: CRLV: R$ 28,75 | CRV R$ 176,07
Acre: CRLV: R$ 100,79 | CRV: R$ 93,29 + R$ 46,99 de vistoria
Tocantins: CRLV: R$ 29,71 | CRV: R$ 136,68
Alagoas: CRLV: 160,95 | CRV: R$ 160,95
Distrito Federal: CRLV: R$ 85,00 | CRV: R$ 148,00
Bahia: CRLV: R$ 73,36 | CRV: R$ 73,36
Espírito Santo: CRLV: 136,87 | CRV: R$ 362,70
Santa Catarina: CRLV: R$ 151,06 | CRV: R$ 355,19
Rio Grande do Sul: CRLV: R$ 104,33 | CRV: R$ 75,77 (CRLV + CRV R$ 142,38)
Goiás: CRLV: R$ 44,89 + vistoria | R$ 136,59 + vistoria
Ceará: CRLV: R$ 55,39 | CRV: R$ 55,39
Rio Grande do Norte: não localizamos devido a instabilidade no site.
Mato Grosso: CRLV: R$ 106,63 | CRV: R$ 70,03 (CRLV + CRV: R$ 227,90)
Mato Grosso do Sul: CRLV: 68,92 | R$ 321,74
Paraná: CRLV: R$ 86,50 | CRV: R$ 178,89
Amazonas: CRLV: R$ 38,08 | CRV: R$ 46,90
Maranhão: CRLV: R$ 91,30 | CRV: R$ 129,83
Pernambuco: CRLV: R$ 65,97 | CRV: R$ 81,96
Piauí: CRLV: R$ 68,40 | CRV: R$ 106,02
Rondônia: CRLV: R$ 240,31 | CRV: R$ 240,31
Sergipe: CRLV: R$ 97,39 | CRV: R$ 97,39
Roraima: CRLV: R$ 88,49 | CRV: R$ 223,55
Amapá: CRLV: R$ 39,27 | CRV: R$ 50,49
Pará: CRLV: R$ 207,70 | CRV: R$ 207,70
*Valores conferidos em janeiro de 2019 — sujeitos a atualização pelo próprio Departamento Estadual de Trânsito de cada região.