Notice: Function _load_textdomain_just_in_time was called incorrectly. Translation loading for the wp-maximum-upload-file-size domain was triggered too early. This is usually an indicator for some code in the plugin or theme running too early. Translations should be loaded at the init action or later. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 6.7.0.) in /home/storage/2/81/9e/vistoriapro1/public_html/wp-includes/functions.php on line 6114 Como se proteger do bloqueador de sinal usado para roubar carros e cargas – VISTORIAPRO
Roubos e furtos de carros estão cada vez mais sofisticados. Autoesporte já falou sobre golpes envolvendo o uso do ‘chapolin’ (um bloqueador de sinal que impede o fechamento da porta) e dos transmissores (usados para clonar a chave do veículo). Mas, além destes recursos, os criminosos também utilizam um aparelho chamado ‘jammer’, que no Brasil ficou conhecido como ‘capetinha’. Vamos explicar como funciona e como se proteger deste crime.
O jammer é um bloqueador de sinal usado para burlar rastreadores instalados nos veículos e dificultar o trabalho das autoridades. Na prática, o aparelho cria um sinal de banda-larga com o objetivo de inibir frequências de celulares, GPS e drones. Alguns aparelhos chegam a ter 16 antenas — uma para cada tipo de sinal.
Não à toa, os jammers são usados nos presídios de todo o Brasil. Este é o motivo dos smartphones falharem próximos às casas de detenção, como elabora Rodrigo Boutti, diretor de operações da SAT Company e especialista em segurança pública.
Como funciona?
O especialista afirma que os capetinhas não são usados durante roubos de carrose motos, mas sim nas fugas, para despistar os rastreadores. Assim, os veículos se tornam praticamente irrastreáveis até chegarem ao destino final, onde normalmente serão desmontados e terão as peças vendidas no mercado paralelo.
“Os criminosos pensam em tudo. Ao roubar o carro ou moto, acionam um jammer portátil para ocultar sua pegada no GPS e atrapalhar o rastreamento. Ao chegar na oficina clandestina em que o veículo será desmontado, outros jammers instalados no próprio local entram em ação”, afirma.
Assim, os bandidos garantem que o sinal de GPS emitido pelo rastreador não será captado, mesmo enquanto o veículo é desmontado. Por isso os desmanches ilegais precisam ficar em regiões inóspitas, pois os jammers podem interferir nos sinais dos vizinhos e levantar suspeitas.
As etapas do crime
O chamado ‘capetinha’, ou jammer, funciona da seguinte forma:
Recebimento do sinal: o jammer recebe o sinal de comunicação sem fio do rastreador;
Amplificação do sinal: o sinal é amplificado para atingir uma potência adequada;
Geração de interferência: o jammer cria um sinal de interferência que é emitido na mesma frequência do sinal original;
Bloqueio do sinal: a interferência gerada pelo jammer sobrepõe-se ao sinal original para bloqueá-lo.
Uso em roubos de carga
Ainda que o roubo de automóveis seja um dos objetivos principais das quadrilhas, os jammers também são populares em ações envolvendo roubos de carga. Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), o aparelho está presente em 90% das ações contra caminhoneiros.
Logo, o jammer é um dos principais alvos das operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas estradas. Quadrilhas que utilizam o aparelho também portam armas, documentos falsos e comunicadores walkie-talkie.
“As emboscadas aos caminhoneiros acontecem de diversas formas. Eles podem ser abordados em movimento ou enquanto descansam em um posto à beira da estrada”, elabora o especialista. “Dificilmente as quadrilhas tiram o caminhão de sua rota, pois mesmo com o jammer ativo, ainda podem levantar suspeitas”.
Outro fenômeno que tem sido notado pelas autoridades é o roubo tanto da carga quanto do próprio caminhão. “Antigamente, quando acontecia um roubo de carga, logo encontrávamos o caminhão. Hoje as quadrilhas fazem parcerias e agem juntas. Uma fica com o carregamento e outra com as peças do veículo”, explica Boutti.
Como mitigar o efeito dos jammers
Com a evolução das artimanhas dos bandidos, empresas de rastreadores buscam formas de mitigar os efeitos dos jammers. Uma delas é a utilização da frequência LoRa, como explica Rodrigo Boutti:
“A tecnologia LoRa opera em faixas de frequências não licenciadas. Geralmente, essas faixas têm menos congestionamento e interferência. Isso contribui para uma melhor resistência aos jammers. Isso porque essa tecnologia usa uma largura de banda relativamente ampla em comparação com outras tecnologias de comunicação sem fio, tornando-a mais difícil de ser bloqueada pelo jammer”, pontua Boutti.
Os aparelhos com frequência LoRa já estão disponíveis nas principais empresas de rastreamento por assinaturas que partem de R$ 59, mais o custo de instalação (em alguns casos, pode ser gratuita). Certos tipos de rastreadores permitem localizar o carro pelo GPS do celular e até enviam notificações sempre que o motor é acionado.
O preço do rastreador pode variar bastante de acordo com a empresa e os serviços oferecidos. É normal que reboque, socorro mecânico, chaveiro e troca de pneu estejam inclusos nas assinaturas.