Componentes essenciais para a segurança veicular, os amortecedores têm a função de controlar a ação das molas na suspensão, evitando a oscilação excessiva do veículo e mantendo os pneus sempre em contato com o solo. Por isso, eles são decisivos para manter a estabilidade e a dirigibilidade do veículo em diferentes condições. Porém, o momento de realizar a troca desses itens ainda gera muitas dúvidas.
Fique atento para não colocar a segurança do seu carro em xeque. Confira:
1. Troca dos amortecedores por similares recondicionados não traz problemas: Mito
Em tese, é perfeitamente possível recondicionar um amortecedor. Entretanto, esse procedimento é dispendioso e requer mão de obra especializada, o que geralmente acaba tornando-o financeiramente inviável. Assim, a grande maioria das peças vendidas como recondicionadas, na verdade, são simplesmente usadas. Após descartadas, elas recebem apenas uma pintura nova ou têm o óleo interno substituído.
2. Amortecedores recondicionados têm a mesma eficiência que os novos: Mito
Se recondicionados corretamente, os amortecedores podem, sim, ser eficazes. Contudo, devido aos motivos citados acima, esses componentes normalmente estão sujeitos a apresentar grande perda de eficiência. Consequentemente, causam sérios problemas como perda de dirigibilidade e de estabilidade, principalmente nas curvas.
Também podem provocar desgaste prematuro dos pneus e de demais componentes do sistema de suspensão, como coxins e buchas. Há, ainda, o risco de travamento dos amortecedores, afetando perigosamente o controle do veículo.
3. Amortecedores ruins comprometem até a frenagem do veículo: Verdade
Nas frenagens, o veículo precisa, além de bons pneus e de um sistema de freios em ordem, de amortecedores em plenas condições. Afinal, são esses componentes que asseguram o total contato dos pneumáticos com o solo.
O acionamento brusco dos freios provoca grande transferência de peso para o eixo dianteiro. Por isso, se houver algum problema no sistema de suspensão, o motorista pode até perder o controle da direção.
4. Amortecedor em mau estado pode provocar aquaplanagem: Verdade
A redução do contato entre os pneus e o solo provocada pelo desgaste dos amortecedores pode potencializar a ocorrência de aquaplanagem. Comum em dias chuvosos, esse fenômeno ocorre quando uma lâmina de água sobre o asfalto provoca perda de aderência. Sem atrito com a pista, o motorista perde totalmente o controle sobre o veículo, o que pode gerar acidentes.
A aquaplanagem pode ocorrer até mesmo com veículos novos ou com a manutenção rigorosamente em dia, dependendo da situação. Porém, amortecedores em mau estado agravam severamente a situação: esse fenômeno poderá ocorrer em velocidades bem mais baixas.
5. Amortecedor precisa ter selo do Inmetro: Verdade
As autopeças comercializadas no Brasil devem possuir o certificado do Inmetro, e isso inclui os amortecedores. O selo, que garante qualidade para o mercado reparador, é gravado no tubo externo dos amortecedores e na sua embalagem, de modo a ficar bem visível. Ele é obrigatório também em componentes importados.
O processo de certificação exige auditoria nas fábricas. Os amortecedores são testados em laboratórios credenciados segundo uma série de parâmetros técnicos determinados pelo próprio Inmetro. Se atendidos esses parâmetros, o certificado é concedido exclusivamente para cada fábrica e para os produtos ali manufaturados.
A certificação está sujeita, ainda, a um processo de manutenção anual. Ou seja, lotes aleatórios de componentes são submetidos a novos testes anualmente. Caso haja não-conformidades, o certificado é suspenso.
Cabe destacar que amortecedores recondicionados podem apresentar o selo do Inmetro referente ao fabricante original. Isso pode levar o consumidor a crer que aquela peça recondicionada é certificada, o que não é verdade.
6. Troca dos amortecedores deve ocorrer em quilometragens específicas: Mito
Ao contrário de outros componentes automotivos, os amortecedores não têm vida útil pré-determinada. Eles podem precisar de substituição antes de 10 mil ou mais de 100 mil quilômetros, dependendo do caso. Isso porque a durabilidade deles está condicionada a uma série de fatores, entre os quais o tipo de utilização.
Em veículos que circulam por estradas malconservadas, por exemplo, a troca dos amortecedores costuma ocorrer mais cedo. Por outro lado, a vida útil desses componentes tende a ser maior em carros que rodam por vias bem-pavimentadas. Todavia, não há regra para determinar a longevidade deles.
Por isso, o ideal é que os amortecedores sejam verificados periodicamente. Somente se for diagnosticada alguma avaria ou anormalidade por um profissional capacitado, deverá ser realizada a troca. Caso o motorista perceba anormalidades na dirigibilidade do veículo, convém antecipar a checagem desses itens.
7. Troca dos amortecedores deve ser feita sempre aos pares: Verdade
A recomendação é que a substituição de amortecedores seja feita sempre aos pares, para cada eixo. Isso porque, se um amortecedor novo trabalhar em conjunto com outro usado (mesmo que ainda esteja em condições de uso) no mesmo eixo, poderá haver um desequilíbrio, prejudicando a dirigibilidade.
Entretanto, a troca dos dois amortecedores de um eixo não implica na substituição dos demais. Isso, claro, desde que os componentes do outro eixo ainda estejam em boas condições.
Acompanhe as novidades no blog VistoriaPro e nos siga nas redes sociais.
Facebook: https://bit.ly/2IZ4Ex4
Instagram: https://bit.ly/2PJgwUE