Porque a indústria ainda não conseguiu entregar a modularidade do sistema hidráulico em um pedal com controle eletrônico. Atualmente as fabricantes têm apostado em conjuntos híbridos, que misturam o acionamento elétrico e o circuito com fluido mantido em paralelo em caso de panes.
Essa tecnologia começou em carros híbridos e elétricos, que usam o motor elétrico para reduzir a velocidade na maioria das frenagens — os discos e tambores de freio são acionados apenas se o sensor no pedal indicar que o motorista deseja o máximo de desaceleração, como em emergências.
Essa transição da frenagem regenerativa para a convencional fez com que a montadoras e sistemistas investissem por anos na sensibilidade ideal do pedal. É importante que o motorista nunca perceba quando é o motor elétrico que está freando o carro ou quando são os discos (ou os dois ao mesmo tempo).
Também é preciso lidar com o receio do consumidor, que ainda não fica confortável em guiar um carro que não tem conexão mecânica dos freios junto ao pedal. Esse sistema e a direção são os únicos que ainda possuem ligações físicas em paralelo com controles eletrônicos.
Meio elétrico, meio hidráulico
O avanço dos sistemas híbridos permitiu que eles começassem a ser adotados até mesmo em carros convencionais. No novo BMW M3, por exemplo, o acionamento hidráulico dos freios é feito normalmente por uma bomba elétrica, com o sistema convencional entrando em ação somente em caso de pane.
Isso permite ajustar eletronicamente a sensibilidade do pedal, deixando ele mais duro (ideal para uso em pistas fechadas) ou macio, que é o mais indicado para o dia a dia.
[Auto Esporte]