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Vale a pena comprar um carro de repasse? Veja como essa modalidade funciona

Veja 6 dicas para conseguir chegar ao valor de revenda do seminovo - Carros  - iG

Se você costuma fazer pesquisas em sites de usados, já deve ter se deparado com a expressão “carro de repasse”. Mas você sabe exatamente a origem desses veículos, como funciona a compra nessa modalidade, por que eles são mais baratos e quais são seus direitos?

Bom, para começar, os carros de repasse são colocados à venda por valores bem abaixo do mercado. A média em sites especializados é de uma redução de 15 a 20%, mas dá para encontrar ofertas com preços 50% inferiores aos da tabela Fipe. Parece um ótimo negócio, não?

Porém, como indica o nome, esses veículos são repassados por lojistas ou concessionárias no estado em que se encontram, sem passarem por avaliações mecânicas ou reparos na lataria (em caso de arranhões ou mesmo batidas maiores). Dessa forma quem repassa o automóvel teoricamente se exime de oferecer garantia. Mas há controvérsias.

Tudo é (ou deve ser) feito às claras: o vendedor normalmente é sincero ao apresentar os defeitos do carro. Ou seja, como o comprador é informado sobre os problemas “abre mão” de reclamar com a loja sobre danos futuros.

Muitos desses carros são originários de leilões, mas há também casos de
vendas particulares que preferem ter uma assessoria na hora de vender seu veículo ou quando ele entra como parte de pagamento de um zero-km. Quando os estoques estão altos, o lojista pode optar por vender o carro por um preço menor e não se responsabilizar por reparos ou dar garantia.

Levar um mecânico para avaliar o carro em questão é uma boa dica — Foto: Divulgação

Mas o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor (CDC) afirma que nesses casos o vendedor é, sim, responsável por vícios que apareçam até 90 dias após a compra, sendo obrigado a substituir o produto, reembolsar o comprador ou oferecer abatimento sobre um novo produto caso o problema não seja resolvido em até 30 dias.

Para se protegerem, os lojistas costumam incluir uma cláusula no contrato na qual informam sobre as condições da venda, afirmando não serem responsáveis pelos defeitos que o carro possa vir a apresentar – o que é ilegal, segundo o CDC.

Em alguns casos, é vantajoso comprar carros de repasse se os
problemas encontrados não forem tão graves, como peças de desgaste natural ou batidinhas na lataria, por exemplo. Basta colocar no papel o “desconto” e quanto será gasto para repará-lo. Para não cair em roubada, o ideal é levar um mecânico de confiança para avaliar o modelo cobiçado e não deixar passar nada em branco – afinal, quando a esmola é demais, o santo desconfia!

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